- Fale-nos um pouco de você.
Atualmente moro em Brasília, mas nasci no Rio de Janeiro em 1937. Cursei a Academia Militar das Agulhas Negras – AMAN e fui declarado, em 1958, Oficial do Exército Brasileiro. Casei em 1961 com Mariza, com quem permaneço casado até hoje. Temos três filhos, seis netos e uma bisneta. Cursei o Instituto Militar de Engenharia tendo sido diplomado, em 1964, como engenheiro militar de comunicações.
- O que você fazia/faz além de escrever? De onde veio a inspiração para a escrita?
Fui oficial do exército brasileiro. Em 1969 solicitei demissão do exército e comecei a trabalhar como engenheiro até 2013, quando me aposentei. Durante uma reunião de ex-funcionários da Embratel, onde trabalhei por mais de 25 anos, surgiu à ideia de escrever um livro, e, junto com outros seis ex-funcionários da Embratel participei na elaboração e publicação do livro “Memórias de Nossas Vidas na Embratel”, editado e publicado pela Editora Thesaurus de Brasília. Esta experiência despertou o interesse em escrever outras histórias. Em 2018 fui convidado pela Ceiça Carvalho à escrever contos para Antologias. Aceitei o desafio e enviei alguns contos que foram aprovados e selecionados para as Antologias: Sex Drive; Presságio; Pânico e Tarde Quente de Um Inverno a Dois.
- Qual a melhor coisa em escrever?
Pensar numa nova ideia sobre determinado assunto e tentar criar/desenvolver a sua ideia. Sempre tive e ainda tenho muito interesse pelo assunto “sexo” com seus aspectos comportamentais, que são os responsáveis pelo sucesso ou fracasso de relacionamentos. Li sobre o assunto em diversos livros e publicações entre eles: os famosos Relatórios Kinsey (1948 e 1953); Masters & Johnson (1966 e 1970); e os Relatórios Hite (1976 e 1981), que abordam de uma maneira mais completa o problema da sexualidade feminina. Também gosto de poesia, aprendi a apreciar e declamar por influência de minha mãe, Déa, tendo então, incentivado pela Editora Thesaurus, publicado uma pequena coletânea de poemas e sonetos, de autores clássicos e também alguns de minha autoria que, ao longo de minha vida, tocaram meu coração.
- Você tem um cantinho especial para escrever? (Envie-nos uma foto)
Não, eu não tenho um cantinho especial para escrever. Quando posso, sento no computador para escrever o que chamo de ‘Memória Auxiliar para Conto Tal’ e vou escrevendo frases, comentários, ideias etc. Às vezes uso a função de gravador disponível no celular para gravar determinada coisa, importante, que repentinamente veio à lembrança.
Eu não tenho um gênero literário específico. Gosto de escrever contos sensuais e por este motivo me inscrevi para participar da Antologia Sex Drive; depois fui convidado para participar da ‘Antologia Prenúncio do Medo – Parte I Presságio, e Parte II Pânico’. Gosto de escrever com base em fatos acontecidos, sobre temas diversos.
- Fale-nos um pouco sobre seu (s) livro (s). Onde encontra inspiração para título e nomes dos personagens?
No Livro Poemas Que Tocam o Coração, a inspiração veio dos autores/escritores clássicos, com seus belos poemas; No livro Memórias de Nossas Vidas na Embratel, a inspiração foi simplesmente a vida vivida. Para as Antologias, “estórias da vida como ela é”, baseados em alguns fatos acontecidos.
- Qual tipo de pesquisa você faz para criar o “universo” do livro?
Dependendo do tema, procuro na Internet nos mecanismos de pesquisa para o esclarecimento de algum detalhe específico.
- Você se inspira em algum autor ou livros para escrever?
Não especificamente, mas acredito que os livros lidos trazem sempre um detalhe; uma cena, um enredo, um diálogo que marcam mais a lembrança.
- Você já teve dificuldade em publicar algum livro? Teve algum livro que não conseguiu ser publicado?
Não sendo um escritor por profissão, ainda não tive este dissabor.
- O que você acha do novo cenário da literatura nacional?
Esta é uma pergunta difícil de ser respondida, porque implica no ambiente que nos envolve e que estamos vivendo. A educação e a cultura estiveram relegadas ao segundo plano, por muito tempo, em nosso país. Ficou mais fácil e barato traduzir um Best seller, já consagrado internacionalmente, do que um novo livro nacional.
- Recentemente surgiram várias pessoas lançando livros nacionais, uns são muito bons, outros nem tanto, outros são até desesperadores, o que você acha sobre este boom?
Penso que a resposta anterior também se aplica à este item.
- Qual sua opinião sobre os preços elevados dos livros nacionais?
Desestimula a vontade de ler.
- Qual livro você falaria: “queria ter tido esta ideia”?
Ainda não pensei nisso.
- Se tivesse que escolher uma trilha sonora para seus livros qual seria? (nome da música + cantor)
Eu gosto de música clássica, de música instrumental e suave, sem cantor porque o leitor, fatalmente vai acabar prestando mais atenção à letra da música do que a letra que ele está lendo.
- Já leu algum livro que tenha considerado “o livro de sua vida”?
Não
- Você tem novos projetos em mente? Se sim, pode falar sobre eles?
Achei interessante a ideia de participar em Antologias, porque o investimento monetário é relativamente pequeno; dependendo de sua inspiração você pode escrever um texto, sem obrigação de estar interligado, por exemplo, ao princípio, meio e fim, como num romance ou livro tradicional
- Você acompanha as críticas feitas por blogueiros nas redes sociais? O que você acha sobre isso?
Interessante porque funciona como um Feedback para sua estória
- Se pudesse escolher um leitor para seu livro (escritor, alguém que admire) quem seria? Quem tem me ajudado muito, com comentários, críticas e também correção dos meus
textos, é a escritora, de nome Bruna Kuchenbecker.
- Qual a maior alegria para um escritor?
Receber um comentário agradável para seu texto, ainda que com críticas construtivas.
- Deixe uma mensagem a nossos leitores e para aqueles que estejam iniciando no mundo da escrita literária.
Penso que o hábito da leitura, da boa leitura, desenvolverá naqueles que gostam também escrever, a germinação da semente da escrita, ainda que com pequenos textos, tipo contos ou crônicas, o hábito de colocar no papel suas ideias.
Meu caro amigo Mendes de Morais, foi muito bom ver e ler este e-mail que o Guerreiro Maia me remeteu. Vc continua sendo a grande pessoa, o boa gente, o amigo de fé e irmão camarada. Daqui da Curitiba friorenta, apesar do céu limpo e do sol brilhante, envio os maiores votos de sucesso nas letras e nas idéias inspiradoras. Um fraternal e grande abraço, deste velho professor militar.